Já ouvi falar muito por aí que, se o crush faz terapia, vale a pena investir. Mas será que a terapia vai ajudá-lo a encontrar seu par perfeito? Para começar, a terapia não é Tinder nem mágica para ajudar a resolver seus problemas amorosos, mas vamos lhe dar algumas boas notícias.
A terapia é um caminho para você se reconhecer, inclusive conhecer o caminho ao qual deseja para seus relacionamentos amorosos.
Há muitos motivos para uma pessoa ter dificuldade em se relacionar, podendo variar de pessoa a pessoa. Pode estar relacionado a sua história, como você escolhe seus parceiros, como leva sua vida, e até mesmo como aprendeu a se relacionar.
Eu percebo que, por aí, há muitas regras, muitas “dicas”, “conselhos”, “métodos” de como você deve se relacionar e como você deve direcionar sua vida. Mas a verdade é que tudo que pode ser legal para uma pessoa, pode ser ainda mais motivos de sofrimentos para você.
Sejam homens ou mulheres, a sociedade sempre impôs um meio de agir que, muitas vezes, não é congruente com o que a pessoa sente e faz que todas essas ajudas afastem a pessoa do que ela é e ainda prejudicam no tipo de relacionamento que elas se encaixam.
Os homens precisam ser provedores, e as mulheres submissas. Essas são algumas dicas de muitos conselheiros amorosos. Mas a verdade é que o que você realmente deseja? Por que você não consegue se encontrar com que realmente deseja? Será que existem segredos especiais para você ser feliz emocionalmente com alguém? É possível ser feliz estando com alguém, mas sendo um personagem? Talvez, você precise mesmo é ser feliz com o que você acredita.
Olhar para si é uma forma de olhar para sua congruência de vida e respeitar o que você deseja, inclusive com o outro. Sempre digo, falar não para muitas coisas é dizer sim para si mesmo.
Quando você entende o que é melhor para você (e não o que dizem que é melhor para você), é possível aceitar coisas melhores para sua vida.
“Como já mencionado, na Abordagem Centrada na Pessoa, parte-se do pressuposto de que o ser humano está envolto em uma autonomia crescente, tendendo ao crescimento a partir do estabelecimento de uma relação compreensiva, valorizadora e honesta, o que significa que o profissional deve estar aberto a experienciar os significados construídos pelos outros, sendo capaz de se colocar a serviço da relação.” (COMIN apud AMATUZZI, 2012; ROSENBERG, 1987)
Viver uma relação não é só viver uma relação com o outro, mas experienciar uma relação consigo mesmo, de como se relaciona com o outro. Por isso, a terapia é o encontro consigo, e assim criar o entendimento de como se relacionar com o outro.
E você como se relaciona com o outro? O que o relacionamento do outro diz sobre você?
Referências
COMIN, Fabio Scorsolini-. Aconselhamento psicológico com casais: interlocuções entre Psicologia Positiva e abordagem centrada na pessoa. Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba, MG. 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-34822014000200008
Aline Sampaio
Psicóloga direcionada a Abordagem Centrada Pessoa e Jornalista apaixonada pela informação.
Comentários