Por Aline Sampaio
Muita gente consegue escutar muito bem o outro e até dar mil conselhos, mas não consegue se ouvir. Quem nunca ouviu a frase: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Sim, a pessoa é capaz de dar milhões de recomendações para outro, mas não consegue mudar nada em sua vida.
Olhar para si nem sempre é uma tarefa fácil, pois exige perceber diversas coisas que podem não nos agradar. Mas esse processo pode ser mais tranquilo com a ajuda de um psicólogo. Afinal, você falará em um ambiente neutro. Sim, a terapia é um lugar seguro, onde você pode expor tudo o que deseja sem medo de ser julgado e sempre será muito respeitado. Então, pode falar tudo que quiser, sem receio!
É importante lembrar que a Abordagem Centrada na Pessoa tem um direcionamento com escuta empática e atitude positiva.
Sabemos que nem sempre é fácil falar, se expor e ser vulnerável no mundo. Afinal, estamos permeados de julgamentos, regras e tantas outras atitudes que nem sempre são benéficas para nós. Por fim, cada pessoa é única e com sua própria história, precisando se entender e empoderar-se do que vive.
Outro ponto é que o fato de falar alto, o que você sente, com um psicólogo, lhe ajudará a refletir, de maneira mais fácil, sobre seus problemas, além de possibilitar uma escuta ativa do que se vive. Muita gente não percebe isso logo de cara fazendo a terapia, mas, com o passar do tempo, observa que articula seus sentimentos e forma melhor seus diálogos.
Várias vezes quando pensamos, nem sempre organizamos o que vivemos, sentimos ou processamos. A fala terapêutica ajuda a clarear ideias, dificuldades e diversos sentimentos que ficam escondidos em nós.
Inclusive, quase sempre falar exige lógica de nós. Precisamos elaborar, organizar e refletir sobre o que falamos, e, em voz alta, isso acontece com mais frequência.
Para finalizar, o autor Rubem Alves resume a importância de se escutar e da ajuda do psicólogo nesse momento: “Procuramos alguém que nos escute silenciosamente, sem julgamentos, sem opinar. Afinal, é na dor da angústia e do sofrimento que surge a necessidade de falar o que é só nosso, não diz respeito a ninguém, mas que precisa de outro para servir de amparo.”.
E aí conta para a gente, você se escuta? Como faz isso?
Aline Sampaio
Psicóloga direcionada a Abordagem Centrada Pessoa e Jornalista apaixonada pela informação.
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