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O poder da escuta


escuta

Por Aline Sampaio


O escritor Rubem Alves já falava: “Sempre vejo anúncios de oratória. Nunca vi anúncios de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir!”. Sim, estamos em um mundo com cada vez mais opinião. “Eu sei disso”, “Eu sei daquilo”, “Eu preciso disso”... assim, externamos nas redes sociais, no ambiente de trabalho, na mesa da família. Mas e se ouvíssemos o que o outro tem a dizer?


Já citamos que ouvir não é uma tarefa fácil, mas também é uma questão de humildade. Escutei em um dos cursos do querido Cláudio Thebas, educador, escritor e palhaço, a frase: “Escutar é renunciar posição de poder”. Concordei na hora. Significa dar importância ao outro e não somente a nós. Afinal, o outro tem, sim, relevância.


Sou adepta das teorias do Budismo para minha vida, mesmo que não seja uma praticamente da religião. Leio bastante sobre apego e percebo que muita gente tem afeição às suas escolhas, às suas ideias e a tantas outras coisas. Ao ficar arraigado aos seus conceitos, elas não abrem espaço para aprender coisas novas e se transformar. A escuta é um dos maiores meios para refletir e transformar a sua vida.


Inclusive, sempre falo que existe diferença entre ouvir e escutar. Ouvir é deixar passar as informações, escutar é compreender e não precisar sempre responder, mesmo que não concorde, é ter empatia com outro.


Vale ressaltar que existem alguns tipos de escuta, vou citar duas delas: ativa e passiva. A escuta ativa é o diálogo, no qual se tem a troca, a conversa vai e volta. Já escuta passiva é a escuta sem nenhuma interrupção.


A escuta tem um poder enorme nos relacionamentos e até mesmo em você. Isso porque a escuta é um meio de conhecimento de si mesmo e do outro. A escuta tem o poder de abrir horizontes.


Para finalizar, apresento um trecho muito bacana de um texto de Guilherme Bcheche: “A escuta é parte ativa do processo de compartilhamento. Ela é tão importante que há quem defina o processo educativo como ‘a arte de fazer perguntas (que só é possível através da escuta) e não necessariamente de respondê-las’. A escuta é parceira inseparável da curiosidade. E esta, por sua vez, é a grande alavanca do conhecimento, da inovação e da criatividade. A escuta não está apenas no ato de ativa ou passivamente ouvir alguém falar. Ela também se manifesta na leitura, no silêncio e na contemplação. Ler é um ato de conhecer, interpretar, fantasiar, criar opinião e essencialmente se conhecer. Já o silêncio é uma escuta interior fundamental para dar espaço ao vazio necessário ao processo criativo, à invenção, às novas ideias, à investigação, e, claro, ao autoconhecimento.”*.


Como a escuta tem poder na sua vida? Conta para a gente!


Referência Bibliográfica


BCHECHE, Guilherme. O poder da escuta. Polifonia. Disponível em: https://www.polifonia.com.br/blogpoli/o-poder-da-escuta


Aline Sampaio

Psicóloga direcionada a Abordagem Centrada Pessoa e Jornalista apaixonada pela informação.

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