Por Aline Sampaio
Batom, rímel, base, pó compacto... os segredos para a combinação de uma boa maquiagem. A make transforma, mas será que realmente faz uma pessoa se sentir mais bonita? Em meu trabalho de iniciação científica, feito em 2021, para a FMU, iniciei explicando que, no dicionário Michaelis, a palavra Autoestima quer dizer: “Sentimento de satisfação e contentamento pessoal que experimenta o indivíduo que conhece suas reais qualidades, habilidades e potencialidades positivas e que, portanto, está consciente de seu valor, sente-se seguro com seu modo de ser e confiante em seu desempenho.”.
A Autoestima é um conceito que expressa a beleza de como se sente – e, claro, de dentro para fora. Para isso, Carl Rogers, junto a diversos outros estudiosos, explicou o termo ligando-o a autoimagem e autoconceito.
Para explicar isso, é preciso dizer que a autoestima de cada é um processo individual, ou seja, é de cada pessoa. Como assim? De acordo com o Erbolato (2000), citados pelos autores Aprile e Schultheiz (2013), a identificação que o indivíduo estabelece com o mundo exterior interfere na formação de sua Autoestima. Quando nasce, suas necessidades são satisfeitas sem que haja por parte dele a percepção do outro.
A Autoestima não nasce com indivíduo, ela é percebida conforme a pessoa entende seu mundo e suas preferências únicas, ou seja, a Autoestima é subjetiva, única e de cada um. Por isso, é importante que cada pessoa encontre o conceito do que é bonito para si, e, para que isso aconteça, é necessário o autoconhecimento, que é uma estrada única e bastante particular.
Ainda é importante entender o que pensa de si e como criou essa ideia. Sim, os autores Aprile e Schultheiz (2013) esclarecem que o autoconceito é o termo utilizado para ressaltar o conceito que o indivíduo descreve sobre seu eu. Afinal, dentro da Autoestima é importante se fazer uma autoavaliação e colocar para o mundo o que se sente de dentro para fora.
Já a Autoimagem é como você se enxerga. De acordo com Pereira (2007), a autoimagem consiste na capacidade de a pessoa se ver como realmente é, com seus pontos fortes e fracos. A pessoa que tem uma Autoestima saudável tenta estar ciente até de seus erros, porque a Autoestima não está ligada a ser perfeito.
Portanto, a combinação de como você se vê e como se descreve é o que seria a Autoestima e demonstra como você está se sentindo. A baixa Autoestima está ligada a como você lida com o conhecimento que criou de si mesmo.
E aí como você se vê? Você está feliz com o que tem? Está satisfeito com sua história?
Bibliografia
APRILE, Maria Rita; SCHULTHEISZ, Thais Sisti De Vincenzo. Autoestima, conceitos correlatos e avaliação. Revista Equilíbrio Corporal e Saúde, Universidade Anhanguera de São Paulo (UNIAN), 2013. Disponível em: https://revista.pgsskroton.com/index.php/reces/article/view/22.
ERBOLATO, RMPL. Gostando de si mesmo: a autoestima. In: Neri AL, Freire SA. (Orgs.). E por falar em boa velhice. Campinas: Papirus, 2000.
PEREIRA, María Luisa Naranjo. Autoestima: Un Factor Relevante en la Vida de la Persona Y Tema Esencial del Proceso Educativo. 2007. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/447/44770311.pdf.
Aline Sampaio
Psicóloga direcionada a Abordagem Centrada Pessoa e Jornalista apaixonada pela informação.
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